É comum ouvirmos falar sobre a importância que a autoestima tem na nossa qualidade de vida. Daí que seja importante compreender o seu significado. Não se trata de uma característica fisiológica definitiva. É mais uma variável psicológica que influencia o equilíbrio emocional e racional.

Essencialmente, trata-se de amor-próprio. Trata-se de manter a autoconfiança, a autonomia emocional e a racionalidade, para definir as expectativas sobre nós mesmos e saber lidar com os êxitos ou fracassos conforme os respetivos resultados.

Há uma fase em que é difícil distinguir as expectativas que temos para nós próprios das expectativas que os outros têm para nós. O mesmo se passa com a autoconfiança: se sentirmos que os outros têm dúvidas das nossas capacidades, é provável que cada um de nós comece também a duvidar de si mesmo. 

Com a idade, e depois de muitas experiências boas e más, vamos aprendendo a diferenciar e ajustar melhor as expectativas pessoais e a autoconfiança. 
Com mais maturidade, entendemos os nossos defeitos e as nossas virtudes. Podemos equilibrar a nossa saúde emocional e racional sem sentir a pressão de ter de impressionar ou agradar aos outros.

A qualidade de vida é ir alcançando este balanço: ir ajustando os “pesos” em cada prato da balança, colocando as expectativas e propósitos pessoais de um lado, e a autoconfiança e o bem-estar emocional do outro.

A idade permite-nos ter mais liberdade para defender com confiança o que queremos.

A maturidade ajuda-nos a colocar sobre a mesa o nosso bem maior: o respeito que devemos a nós mesmos.

A autoestima amadurece porque aprendemos a valorizar o essencial do superficial.