Elaboradas ao longo dos anos, as lendas culminaram no relato de Marco Polo segundo o qual o líder Nizari, descrito como o "Velho da Montanha", teria controlado o comportamento dos seus devotos através do uso de haxixe e de um jardim secreto do paraíso. Estes contos foram tão influentes que a palavra “assassino” entrou nas línguas europeias como substantivo comum para matador, e os Nizari Ismailis foram retratados não só na mitologia popular mas também na erudição ocidental como uma sinistra ordem de 'assassinos'.
Nas últimas décadas, novos estudos sobre a história dos Ismailis estabeleceram até que ponto os relatos ocidentais mais antigos confundiram facto e fantasia. Em vista do quadro muito diferente da história Ismaili que agora emergiu, o livro de Farhad Daftary considera as origens das lendas medievais dos Assassinos e explora o contexto histórico em que foram fabricadas e transmitidas. O fascinante relato de Daftary acaba por revelar até que ponto a emergência de tais lendas foi sintomática tanto das complexas estruturas políticas e culturais do mundo muçulmano medieval como da ignorância dos europeus sobre esse mundo.
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