A pneumonia afeta, por ano, cerca de 12 pessoas por cada 1000 habitantes e as vítimas mais frequentes são crianças e idosos, pois estes possuem um sistema imunitário mais vulnerável e a doença pode causar maiores danos, obrigando muitas vezes ao internamento do doente.
Os sintomas podem variar em função da agressividade do microrganismo envolvido e do estado da pessoa afetada. Os sintomas mais frequentes são: febre, tosse, falta de ar e alguns doentes também podem ter dor no peito, agravada pela inspiração profunda ou pela tosse, dores musculares, de cabeça e articulares.
Quais são os grupos de risco?
- Idosos com mais de 65 anos;
- Pessoas a frequentar ou a residir em lares ou instituições;
- Pessoas com doenças crónicas (respiratória, cardiovascular, hepática, renal, diabetes, entre outras);
- Grávidas;
- Prestadores de cuidados de saúde;
- Pessoas que convivam com doentes de risco;
- Pessoas com Síndrome de Down;
- Pessoas com defesas diminuídas: Com doença neoplásica ativa, VIH/SIDA, que não têm baço ou que têm um mau funcionamento do baço, a fazer medicação por terem sido sujeitas a transplante de orgão, com diminuição das defesas desde o nascimento, entre outras; com diminuição das defesas provocadas por tratamentos indicados nalguns tipos de cancro (como a quimioterapia e radioterapia) ou doenças autoimunes (medicamentos com cortisona por via oral, biológicos, etc.).
Quais os cuidados a ter para prevenir a pneumonia?
Para prevenir a pneumonia, existe uma vacina que evita formas mais graves da doença e deve ser administrada àqueles que fazem parte dos grupos de risco.
- Vacine os seus filhos. A vacina contra infeções por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) está incluída no Plano Nacional de Vacinação.
- Tome as vacinas que lhe são recomendadas: Vacina pneumocócica; Vacina contra a gripe para evitar a infeção pelo vírus da gripe, que pode favorecer o risco de pneumonia e suas complicações.
- Controle bem a sua doença crónica para evitar internamentos (nos hospitais estão as pneumonias mais graves e resistentes aos antibióticos).
- Lave frequentemente as mãos.
- Evite estar perto de pessoas com evidências de infeção, como tosse e expetoração.
- Adote estilos de vida saudáveis, como não fumar, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e respeitar os períodos de sono, de modo a favorecer uma boa imunidade.
- Evite ambientes muito frios, muito secos ou muito húmidos, assim como ambientes com má ventilação, com muita gente ou poluídos, que podem favorecer a transmissão de agentes infeciosos.
- Areje diariamente os locais onde reside e trabalha.
A vacinação é gratuita?
A vacinação é recomendada para os grupos de risco e gratuita nos indivíduos com as seguintes situações:
- Fístulas de Líquido Céfalo Raquidiano;
- Implantes cocleares (candidatos e portadores): Sem baço ou com mau funcionamento do baço (Doença de células falciformes ou drepanocitose);
- Imunodeficiências primárias;
- Nalguns casos de infeção por VIH/SIDA;
- Recetor de transplante;
- Em algumas doenças neoplásicas ativas (tumores líquidos): Leucemias; Linfomas; Mieloma múltiplo
- Síndrome nefrótico (um tipo de doença renal).
Caso pense pertencer a algum destes grupos de risco e ainda não tenha realizado a vacina, informe-se junto do seu médico assistente.
Precisa de ir ao médico?
Sim. Recorra ao seu médico assistente se sentir mau estar geral e sintomas típicos de pneumonia. Procure ajuda médica urgente se tiver sintomas como falta de ar, respiração rápida, dor no peito ou confusão mental.
Adaptado de: https://www.sppneumologia.pt/doentes/pneumonia/a-pneumonia-e-uma-doenca-..., e Normas DGS, por Salima Jamal, AKHB.
