A osteoporose é uma das doenças mais faladas da atualidade, nomeadamente em pessoas com uma idade mais avançada. Mas afinal o que é a osteoporose?

Esta doença caracteriza-se por uma diminuição da massa óssea e por uma deterioração da arquitetura do osso, levando ao seu enfraquecimento e a uma maior probabilidade de risco de fraturas. Este tipo de fraturas afeta com maior frequência dois grandes tipos de população: mulheres pós-menopáusicas e mulheres e homens idosos, representando assim um grave problema de saúde pública devido à sua elevada prevalência, às consequências clínicas que acarretam, à diminuição da qualidade de vida e aos custos económicos e sociais que comportam. Em Portugal, estima-se que a osteoporose afete cerca de 500 mil pessoas.

Quais as suas causas?
Como referido anteriormente, a osteoporose afeta com maior frequência as mulheres depois da menopausa, que ocorre em média aos 51 anos, e os homens e mulheres com mais de 65 anos.
Existem inúmeros fatores que se encontram diretamente relacionados com esta doença, sendo que alguns desses podem estar ligados a hábitos de vida não saudáveis que podem ser modificados ou não. Dos fatores de risco que podemos controlar, destacam-se a dieta pobre em cálcio, o consumo excessivo de álcool, os hábitos tabágicos, a vida sedentária, o hipertiroidismo, o consumo de fármacos (cortisona), a menopausa precoce e a imobilização prolongada. Por outro lado, os fatores de risco não controláveis incluem o género feminino, a idade superior a 65 anos, a raça caucásica ou asiática, a história familiar de fraturas, a pequena estatura ou a magreza excessiva.

Quais os sintomas?
A osteoporose manifesta-se pela ocorrência de fraturas com pequenos traumatismos, especialmente nas vértebras, anca e punho. Os seus sintomas apenas ocorrem quando a doença se encontra num estado bastante avançado e, por conseguinte, o diagnóstico precoce é essencial para que se possa impedir a sua progressão. O diagnóstico é realizado através de exames médicos, que devem ser executados logo após algum tipo de suspeita da existência de osteoporose ou de fraturas vertebrais. A densitometria óssea é o exame mais importante para o diagnóstico da osteoporose, pois permite medir a densidade do osso, que se encontra diretamente relacionado com a massa óssea. Este exame é indolor e rápido, utilizando radiação numa dose muito menor do que a utilizada numa radiografia de tórax e é muito fiável. A densitometria é recomendada para mulheres depois dos 65 anos e nos homens depois dos 70 ou em ambos os sexos depois dos 50 anos, se existirem fatores de risco. No caso de se confirmar a presença de osteoporose, é importante uma avaliação laboratorial, para identificar as causas, e uma radiografia da coluna dorsal e lombar para verificar a existência de deformação vertebral.

Tratamento
O tratamento da osteoporose passa pelo uso de medicamentos para aumentar a massa óssea, analgésicos e suplementos de cálcio e vitamina D. Os fármacos que aumentam a massa óssea, isto é, a quantidade de osso, são os mais importantes no tratamento da osteoporose, porque vão reduzir o risco de fratura. Alguns desses medicamentos atrasam a perda de osso e outros aumentam a sua formação. Os suplementos de cálcio e vitamina D são úteis e usados, sobretudo, se a alimentação não contiver a quantidade de cálcio necessária, dado que os ossos têm na sua composição minerais, como o cálcio e fósforo, que os tornam densos e rígidos. A vitamina D é necessária para absorção destes minerais e a sua incorporação nos ossos. Estes suplementos podem ter várias formas (comprimidos, pastilhas para mastigar, pó para dissolver) e devem ser tomados após a refeição. No caso de doentes com cálculos renais, é de extrema importância a ingestão de água para evitar que o cálcio na urina possa ser prejudicial.

Prevenção
Tal como o nome indica, a prevenção tem como principal objetivo a obtenção de bons níveis de massa óssea, devendo ser realizada através da identificação precoce dos fatores de risco modificáveis anteriormente expostos (hábitos alimentares e atividade física). Desta forma, é fundamental ter uma alimentação saudável, com níveis adequados de cálcio e vitamina D, manter o consumo de proteínas adequado às necessidades e evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco. A vitamina D também pode ser sintetizada na pele, pela ação da luz solar, daí a importância das pessoas (principalmente idosas) estarem expostas ao sol. No entanto, esta exposição deve ser feita fora do período crítico de maior calor, devido aos efeitos nefastos que a radiação ultravioleta pode ter no nosso organismo.
A atividade física também deve ser estimulada nas diversas faixas etárias. Nos idosos com maior risco de queda, devem ser concebidos programas de exercício adaptados individualmente, que incidam na marcha, no fortalecimento muscular, na postura e no equilíbrio.

Para mais informações consulte:

https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/osteoporose 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-artic...

Artigo elaborado por Aly Giná, AKHB