No início da doença poderá ter sintomas como tosse e expetoração, muitas vezes desvalorizados no fumador. No entanto, com a continuação da exposição ao tabaco ou a outros gases nocivos, estes sintomas podem tornar-se mais frequentes e incómodos. As infeções respiratórias são também mais frequentes nestes doentes que, com o tempo, podem começar a desenvolver outro tipo de sintomas como: cansaço, dificuldade em respirar, sensação de falta de ar e/ou pieira ou farfalheira. Os sintomas de cansaço e falta de ar surgem particularmente com os esforços físicos e, por isso, muitas vezes são atribuídos a uma limitação do esforço físico pelo envelhecimento.
Bronquite crónica, enfisema e DPOC são doenças diferentes?
Não. Na DPOC pode haver bronquite crónica, enfisema, ou ambas. Quando se fala em bronquite crónica quer dizer-se que os brônquios estão inflamados e produzem quantidade excessiva de expetoração. A inflamação dificulta a eliminação de expetoração e, por isso, os brônquios podem ficar progressivamente obstruídos, aumentando o risco de infeções respiratórias. Quando se fala em enfisema quer dizer-se que os alvéolos (parte terminal das vias respiratórias onde se dão as trocas de dióxido de carbono por oxigénio, função principal dos pulmões) apresentam destruição das suas paredes, de forma permanente, prejudicando o funcionamento dos pulmões.
Qual é a causa da DPOC?
O consumo de tabaco (cigarros, cigarrilhas, charutos) é a principal causa da DPOC. Em 80% a 90% dos doentes, há ou houve exposição ao fumo do tabaco. A exposição a certas poeiras, vapores ou outros produtos ou fumos irritantes, se prolongada, também pode causar DPOC, independentemente do consumo de cigarros ou outros produtos de tabaco.
Qual a frequência da DPOC?
Em Portugal, 1 em cada 10 adultos, acima dos 40 anos, e 3 em cada 10 adultos, acima dos 70 anos, sofrem desta doença.
A DPOC é uma doença de adultos, não de crianças.
Como posso saber se tenho DPOC?
Para confirmar o diagnóstico é necessário fazer uma espirometria. A espirometria é um exame que mede a quantidade de ar expirado pelos pulmões. É de fácil execução, não provoca dor e permite confirmar se é portador da doença e qual a respetiva gravidade.
Diminuir o consumo de tabaco melhora esta doença?
Sim. Quanto mais fumar, maior será o risco de doença e mais grave poderá ser a progressão da mesma. No entanto, reduzir o consumo de tabaco não resolve o problema, pois o fumador está habituado a uma certa quantidade de nicotina e, mais cedo ou mais tarde, é habitual recomeçar a fumar na quantidade anterior. Mesmo poucos em pouca quantidade, os cigarros podem agravar a doença.
Parar de fumar por completo é o método mais eficaz para atrasar a progressão da doença e prevenir o maior agravamento.
Quero parar de fumar. O que devo fazer?
Peça ajuda ao seu médico assistente ou procure uma consulta de Cessação Tabágica em:
- Sistema Nacional de Saúde - Locais de consulta da ARSLVT: http://www.arslvt.min-saude.pt/pages/502
- Hospital da CUF: Contacto telefónico - 800 100 077
Mais informações em: https://www.saudecuf.pt/oncologia/consultas/consulta-de-cessacao-tabagica
- Hospital dos Lusíadas: Contacto telefónico - 217 704 040
Mais informações em: https://rotasaude.lusiadas.pt/prevencao-e-estilo-de-vida/bem-estar/consu...
- Liga Portuguesa contra o Cancro: Contacto telefónico - 225 420 689
Mais informações em: https://www.ligacontracancro.pt/noticias/detalhe/url/consulta-de-cessaca...
- Hospital da Luz: Contacto telefónico - 217 104 400
Mais informações em : https://www.hospitaldaluz.pt/lisboa/pt/servicos-e-medicos/servicos/consu...
