AKHB: Acidente Vascular Cerebral

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e incapacidade em Portugal. Estima-se que três portugueses sofram um AVC por hora, dos quais um acaba por morrer e outro por ficar com sequelas graves.

O AVC resulta da redução ou interrupção súbita da circulação sanguínea para uma parte do cérebro, por bloqueio do fluxo de sangue (AVC Isquémico) ou rompimento de uma artéria cerebral (AVC hemorrágico). Isto origina lesões nas células cerebrais, que morrem ou deixam de funcionar normalmente, por se encontrarem privadas de oxigénio e nutrientes transportados pelo sangue.
O tipo de AVC que ocorre com maior frequência é o AVC isquémico, que representa 85% dos casos. Neste tipo de AVC, a artéria fica bloqueada, por um coágulo ou por aterosclerose, o que leva a um fornecimento inadequado de sangue a uma parte do cérebro. Por outro lado, o AVC hemorrágico acontece quando há o rompimento da artéria cerebral, o que leva à inundação das células cerebrais.

Sinais de Alarme
Há alguns sinais que podem ser detetados na pessoa que está a sofrer de um AVC. A “regra dos 5F´s” ajuda a reconhecer estes sinais:
• Face assimétrica, com um canto da boca ou pálpebra descaída;
• Força diminuída num braço ou perna, podendo ocorrer também a falta de equilíbrio;
• Fala estranha;
• Forte dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente;
• Falta de visão súbita ou até a visão dupla.
Existem alguns procedimentos que podem facilitar o reconhecimento destes sinais:
• Peça para a pessoa rir e observe se um dos lados da face está descaído;
• Peça que a pessoa levante os dois braços e observe se um dos braços cai sem força;
• Diga uma frase simples e peça à pessoa que a repita, para verificar se existe dificuldade em falar ou um discurso incoerente.
É crucial que, ao reconhecer algum destes sinais, aja o mais rapidamente possível, dado que a recuperação do AVC pode ser influenciada não só pela localização e extensão, mas também pelo tempo decorrido.

O que fazer a seguir?
Deve ligar imediatamente para o 112 indicando os sinais de alarme, a hora em que o AVC teve início, a aparente gravidade da situação (pessoa consciente ou não), o género e idade da pessoa, a localização exata e outras informações solicitadas pelo operador. O CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), após confirmar a suspeita de AVC, procede à ativação da Via Verde do AVC pré-hospitalar, que permite o encaminhamento mais eficiente para o hospital.

Fatores de risco
O AVC tem vários fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Os fatores de risco modificáveis são aqueles que, numa perspetiva de prevenção, podemos corrigir:
• Hipertensão Arterial;
• Dislipidémia (colesterol e triglicéridos elevados);
• Diabetes;
• Alimentação;
• Obesidade;
• Sedentarismo;
• Tabagismo;
• Arritmias cardíacas.
Os fatores de risco não modificáveis são aqueles em que não podemos intervir e, no caso desta doença, incluem:
• Idade;
• Género (mais prevalente nos homens);
• Raça (mais prevalente nos indivíduos de raça negra);
• Genética (historia familiar de AVC aumenta o risco em cerca de 30%).

Como prevenir?
Tendo em conta os fatores acima apresentados, é fundamental manter uma dieta equilibrada e variada, com restrição no sal e gorduras saturadas, e rica em fibra, frutas vegetais e legumes; manter uma atividade física regular; evitar ingestão de bebidas alcoólicas; parar de fumar ou estar exposto a ambientes com fumo e vigiar e/ou controlar os valores da pressão arterial, glicémia e colesterol.

Para mais informações consulte:
https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/avc-acidente-vascular-cer...
https://rotasaude.lusiadas.pt/doencas/sintomas-e-tratamentos/avc-reconhe...

Artigo elaborado por Adam Sadrudine, AKHB